quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Nova velha Infância

                                
                                   Chove lá fora, um dia ermo e escuro. Assim como a maior parte dos dias de outrora, de quando ainda o garotinho sonhador e imaginativo existia em mim.
                                    Dias como este me fazem lembrar da época de criança, onde mesmo com todos os problemas eu e meus dois amigos conseguíamos criar nosso próprio mundo, mesmo muitas vezes em meio as grandes adversidades que a vida proporcionava, estávamos lá, juntos, brincando que o mundo precisava que nós destruíssemos todo o mal imposto pelos vilões de nossas fantasias.
                                   Sabíamos que as crianças normais precisam de muita coletividade para achar sua diversão, brincando de brincadeiras folclóricas, e que provavelmente não seríamos vistos com bons olhos pelos outros que nos viam em nosso próprio mundo, mas isto nunca foi problema, na verdade no fundo (nem tão fundo assim) todos queriam entender como podíamos ser tão felizes, e viver rindo e brincando dispensando qualquer grupo maior que eles poderiam fornecer.
                                   Lembrando de cada momento, a saudade bate forte em meu peito, grande falta me faz a inocência e imaginação de outros tempos, vendo como em tão pouco tempo, as crianças deixam de ser crianças cada vez mais cedo, e que precisam de aparatos eletrônicos para despertar a imaginação. Vendo que provavelmente nunca mais vão existir três garotos que de tão diferentes se completavam, e salvavam o mundo a cada dia.
                                   Num último clamor de morte, eu desejaria voltar para aquela época, nem que por apenas poucos instantes, apenas para me sentir como sentia antes, quando apenas os vilões da imaginação me preocupavam, não os da vida real.

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3 comentários:

  1. É como eu queria voltar naquela época e aproveitar melhor aquele momento em que sonhamos ate de olhos abertos, que a inocência era algo precioso e que a imaginação era tão fértil que era quase impossível saber o que era real ou surreal...Adorei o texto

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  2. Olá, tem um selo para ti em meu blog, venha pegá-lo. Obrigada.

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  3. Vai ter que perdoar minha ignorância, mas não sei como pegar o selo, nem os procedimentos para isso

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